Um dos paradigmas mais importantes que a ciência do comportamento humano trouxe à luz do conhecimento é a certeza de que todos os nossos comportamentos produzem resultados. Não há nada que nós possamos fazer sem produzir algum tipo de conseqüências no ambiente que nos circunda. Embora pareça muito óbvio, poucas pessoas dão a esse fato a devida importância.
É por meio de nossos comportamentos, e suas conseqüências, que transformamos o mundo a nossa volta. Construímos casas, fabricamos televisões, vídeos, aviões, foguetes, bombas etc. Criamos estórias, inventamos processos, formas melhores de fazer as coisas, ensinamos outras pessoas. Nenhum outro animal possui a capacidade que nós, humanos, possuímos de modificar seu ambiente de vida. Fazemos uma diferença no mundo.
As conseqüências que provocamos são de nossa propriedade, ou seja, ninguém pode agir em nosso lugar, são de nossa única e exclusiva responsabilidade. Podemos escolher, decidir, o que fazer nas mais diversas situações que enfrentamos, mas temos que assumir a responsabilidade pelas conseqüências que cada uma dessas decisões provoca.
As conseqüências que provocamos com nossas ações nos diferenciam uns dos outros, produzindo uma espécie de marca individual por meio da qual somos reconhecidos pelas pessoas com quem nos relacionamos. Podemos ser reconhecidos de forma contributiva ou prejudicial. “Esse é o cara atende muito bem os clientes”; “Esse sujeito provoca muitos conflitos entre os clientes e a loja”.
É claro que, se você percebe quais comportamentos provocam conseqüências contributivas, elevando sua imagem junto à comunidade com a qual você convive, e quais prejudicam essa imagem, você pode corrigir sua forma de agir praticando mais comportamentos que trazem benefícios e parando de praticar ações que trazem prejuízos. Embora este raciocínio seja lógico e característico da espécie humana, pouquíssimas pessoas utilizam essa capacidade de observar e avaliar conseqüências de seus próprios comportamentos com o objetivo de buscar melhores resultados de forma dirigida. A maioria das pessoas age no “automático”, como que esperando que algum dia as coisas melhorem por si mesmas. Não percebem que grande parte de seu sucesso está entre as suas orelhas e em suas mãos.
Diferentemente do que ocorre com outros animais, a maioria de nossos comportamentos ocorrem sob a orientação de nossos pensamentos e sentimentos. Possuímos a incrível capacidade de captar informações diversificadas do ambiente, armazená-las e interrelacioná-las dentro de nosso cérebro e criar situações novas. Portanto agimos de acordo com nossos desejos e deforma dirigida provocando conseqüências ambientais que podem ser planejadas como objetivo de conseguir realizações sempre mais contributivas.
Pense nisso assim; como você pode decidir o que plantar, mas tem que colher os frutos, você também pode decidir com sabedoria tudo o que deseja fazer, mas é obrigado a assumir todas as conseqüências de suas ações!
Lauter F. Ferreira
Psicólogo CRP-06/09138-0
Autor dos livros: “Construindo Equipes de Alta Performance” e
“Alta Performance – Sete Forças Sob sua Pele”
Ayres & Ferreira Ltda.
A Ciência do Comportamento Aplicada – Pessoas e Organizações
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